REVISTA CIENTÍFICA IPEDSS: A CIÊNCIA A FAVOR DA SAÚDE E SOCIEDADE
ISSN 2764-4006
DOI 1055703
30/12/2021
Volume 1. Número 2. 2021
30/06/2022
Volume 2. Número 2. – 2022
INSTITUTO DE PESQUISA E DETERMINACAO SOCIAL DA SAÚDE – IPEDSS
EDITORIAL
O BENEFÍCIO DAS INOVAÇÕES PARA O SETOR DA SAÚDE E SOCIEDADE
À medida que se passam os anos, as inovações surgem com a demanda de melhorar a qualidade de vida. O conceito de inovar é bastante abrangente e altamente dependente de sua aplicação, sendo comumente relacionado a uma nova descoberta, ao desenvolvimento de novos produtos ou a novos processos produtivos, a novos sistemas de organização e entre outras aplicabilidades (FERNANDES et al., 2021).
No âmbito da saúde, as inovações surgem a fim de melhorar a qualidade dos sistemas de saúde, em tempo que os desperdícios e os custos possam ser reduzidos, e que se aumente a qualidade de vida dos pacientes por meio da melhora na precisão de diagnósticos e nos tratamentos. Isso é possível devido à alta influência das inovações tecnológicas (LORENZETTI et al., 2012), uma vez que atualmente há a disponibilidade de equipamentos de tecnologia avançada e de novas técnicas assistenciais nas diferentes especialidades do setor de saúde.
A industrialização trouxe como bagagem a modernização, o avanço tecnológico e a valorização da ciência. Na área da saúde tais avanços se expressaram com a introdução da informática e o aparecimento de aparelhos modernos e sofisticados, trazendo benefícios e rapidez no diagnóstico e tratamento das doenças (LORENZETTI et al., 2012).
É evidente que o cenário atual da pandemia por Covid-19 forçou a mudança de hábitos no setor, a exemplo de consultas e tratamentos podendo ser desenvolvidos remotamente. Dantas e Nogarolli (2021) fazem uma abordagem a respeito de como pode ser futuro da medicina pós pandemia. Os autores enfatizam que as novas tecnologias estão revolucionando todo o sistema de saúde, e que a inserção da telemedicina, das cirurgias robóticas e o uso de inteligência artificial são “caminhos sem volta”, uma vez que esses aparatos tecnológicos são ferramentas capazes de auxiliar os cuidados em saúde.
No Brasil a telemedicina é regulamentada pelo Ministério da Saúde com caráter excepcional e temporário, mas abre caminhos para se consolidar como uma prática que pode garantir, de forma permanente, a ampliação de seu uso como tecnologia em saúde (MOROSINI, 2021). Quanto a cirurgias robóticas, Morrell et al (2021) as definem como uma mudança de paradigma cuja tecnologia encontra-se em rápida evolução. Os autores enfatizam a sua integração com a inteligência artificial, a qual já foi assunto de relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a organização, a inteligência artificial é uma grande promessa para melhorar a prestação de atenção à saúde e medicamentos em todo o mundo.
De acordo com o relatório Prioritizing health: A prescription for prosperity (Priorizando a saúde: uma receita para a prosperidade), a ciências ômicas e tecnologias moleculares; Produtos farmacêuticos de última geração; Terapia celular e medicina regenerativa; Vacinas inovadoras; Procedimentos cirúrgicos avançados; dispositivos conectados e cognitivos; Eletrocêuticos; Robótica e próteses; Terapêutica digital; e Prestação de cuidados com tecnologia, são inovações promissoras no âmbito da saúde. Algumas destas já estão em desenvolvimento e acontecendo, e podem trazer inúmeros impactos positivos até os anos 2040, ainda de acordo com a consultoria McKinsey Global Institute responsável pelo relatório, é estimado que essas novidades poderão reduzir de 6 a 10% a carga de doenças globais até 2040.
Essas inovações podem trazer benefícios para a saúde em relação a curar completamente uma série de doenças, e também estender significativamente a expectativa de vida saudável ao lidar com a todas as situações que vem junto ao envelhecimento, adiando assim o início de várias complicações trazidas com a idade. Tudo isso contrasta fortemente com as inovações dos últimos 30 anos, e muitas dessas surgiram para reduzir os sintomas ou retardar a progressão das doenças, mas raramente as preveniram ou curaram (MCKINSEY, 2020).
“Além disso, as inovações que identificamos aqui são mais habilitadas digitalmente do que as do passado; os sistemas de inteligência artificial (IA) entregam avanços em [ciências] ômicas e tecnologias moleculares, como edição de genes, de forma mais rápida e precisa” (MCKINSEY, 2020).
Inovações estas que são responsáveis por avanços incontáveis tais como, as modificações genéticas que implica em modificar mosquitos vetores de doenças ocasionando a sua diminuição, tratamentos que conseguem retardar o envelhecimento celular e tratar tumores de forma mais pontual e eficiente. A obtenção de vacinas mais eficazes e em tempo recorde, procedimentos cirúrgicos cada vez mais avançados e seguros, dispositivos portáteis, vestíveis, ingeríveis ou implantáveis podem monitorar informações de saúde.
Editores científicos: Dalcio Ferreira da Silva Neto e Paula Eduarda Gama de Carvalho Rocha
Editor Chefe: Marcos Augusto França de Souza
Endereço correspondente: revistacientifica@ipedsspe.com
Publicado: 30-12-2021
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