REVISTA CIENTÍFICA IPEDSS: A CIÊNCIA A FAVOR DA SAÚDE E SOCIEDADE
ISSN 2764-4006
DOI 1055703
30/06/2022
Volume 2. Número 2. 2022
31/03/2022
Volume 2. Número 1. – 2022
INSTITUTO DE PESQUISA E DETERMINACAO SOCIAL DA SAÚDE – IPEDSS
EDITORIAL
A IMPORTÂNCIA DOS RELATOS DE CASOS PARA A COMUNIDADE CIENTÍFICA E A SOCIEDADE
Os relatos de caso são bem mais antigos do que imaginamos, de acordo com RISON (2013) “relatos de casos são uma tradição consagrada na profissão médica”. Durante muito tempo eles foram a única base de informações científicas da medicina, algumas delas até hoje são utilizadas em procedimentos. Os relatos são comumente desenvolvidos por médicos clínicos, estudantes de medicina ou de outras áreas como a enfermagem e a fisioterapia, uma vez que esse tipo de trabalho aguça a interpretação de sinais e sintomas, além de serem cruciais para o levantamento de discussões que contribuem para o aprendizado (PARENTE, OLIVEIRA E CELESTE, 2010).
Os relatos de caso são trabalhos científicos baseados na prática cotidiana ou da atividade profissional. Aqueles relacionados à área da saúde são voltados à apresentação clínica de pacientes, aos procedimentos adotados no atendimento, como o diagnóstico e o tratamento de um enfermo, apresentando em detalhes a evolução clínica do mesmo. Eles são textos que precisam ser objetivos e de caráter narrativo e reflexivo (CASTRO, 2019; UNICAMP, s.d.).
Relatos são a descrição detalhada de casos clínicos, contendo características importantes sobre os sinais, sintomas e outras características do paciente e relatando os procedimentos terapêuticos utilizados, bem como o desenlace do caso. Possuem indicação clara em situações de doenças raras, para as quais tanto o diagnóstico como a terapêutica não estão claramente estabelecidos na literatura científica (PARENTE, OLIVEIRA E CELESTE, 2010).
Como esse tipo de trabalho é elaborado com base na vivência de eventos narrados por seus autores, eles não abordam experimentos como objeto de estudo, e por isso são considerados por alguns autores como inferiores a nível de evidência científica em relação a outros tipos de abordagem, como os ensaios clínicos e as metanálises. Contudo, eles têm como finalidade o destaque de um fato inusitado ou com relevância, como novas formas sobre a abordagem de uma doença ou tratamento e a sugestão de hipóteses que podem ser a base para a formulação de novos estudos (PARENTE, OLIVEIRA E CELESTE, 2010; UNICAMP, s.d.).
Os relatos de casos também são muito relevantes no que diz a respeito aos estudos de doenças raras, isso porque eles trazem informações de procedimentos adotados e das terapêuticas avaliadas em um determinado paciente, ou seja, é possível ter entendimento de uma situação anterior para lidar com uma nova, principalmente quando não há uma terapia disponível para tal enfermidade ou até mesmo para fazer um alerta inicial sobre os efeitos colaterais de uma medicação ou de um tratamento, os quais não foram vistos em ensaios anteriormente (PARENTE, OLIVEIRA E CELESTE, 2010).
Graças aos relatos de casos foi possível se ter o primeiro entendimento sobre diferentes doenças, como por exemplo a doença de Parkinson, que foi descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817 como uma síndrome neurológica (GOETZ, 2011); a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), que também foi descrita primeiramente em um relato de caso como “Uma comunicação preliminar sobre o sarcoma de Kaposi amplamente disseminado em jovens homossexuais” em 1981 (GOTTLIEB et al., 1981).
Um bom relato de caso desempenha um papel importante na divulgação de conhecimento sobre saúde, desde que ele respeite os preceitos éticos. Sem sombra de dúvidas as experiências vivenciadas e descritas em um relato de caso trazem benefícios para a ciência, e sobretudo para a sociedade.
Editores científicos: Dalcio Ferreira da Silva Neto e Paula Eduarda Gama de Carvalho Rocha
Editor Chefe: Marcos Augusto França de Souza
Endereço correspondente: revistacientifica@ipedsspe.com
Publicado: 30-06-2022
ARTIGOS
RELATO DE CASO SOBRE EVOLUÇÃO ATÍPICA APÓS HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA
Lucas Luiz Fitipaldi Ferreira¹, Lizandra Couto Raymundo², Ana Paula da Silva³, Elizangela dos Anjos Silva4 e Heber Amilcar Martins5
VIVÊNCIA DE MULHERES QUE PARIRAM NA CASA DE PARTO E FORAM TRANSFERIDAS
Carla Luzia França Araújo¹, Luiziane de Oliveira Geraldo da Silva Correia² e Leila Gomes Ferreira Azevedo³
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